Introdução
Solicitar um benefício por incapacidade no INSS, como o auxílio-doença (incapacidade temporária) ou a aposentadoria por invalidez, exige passar por uma etapa decisiva: a perícia médica.
É nesse momento que um perito avalia se a condição de saúde realmente impede o trabalho e, portanto, se o segurado tem direito ao benefício.
Apesar de parecer simples, muitos pedidos são negados ou acabam demorando mais do que o necessário porque o segurado chega à consulta despreparado.
Falta de documentos, informações incompletas e até mesmo uma postura inadequada durante a avaliação muitas vezes colocam em risco a aprovação.
Por isso, preparar-se com antecedência faz toda a diferença.
Neste artigo, você vai encontrar um guia completo para se preparar para a perícia médica do INSS, com dicas sobre os documentos que não podem faltar, como organizar os laudos, de que forma relatar os sintomas de maneira clara e qual postura adotar durante a consulta.
Com essas orientações e também com o apoio de um advogado especialista, você aumenta significativamente as chances de aprovação do benefício e evita atrasos desnecessários.
Entenda a importância da perícia médica do INSS
A perícia médica do INSS é muito mais do que uma simples consulta: trata-se de um procedimento oficial que confirma, ou não, o direito ao benefício por incapacidade.
Em outras palavras, é por meio dessa avaliação que o perito médico vinculado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) verifica se a sua condição de saúde realmente impede o exercício da atividade profissional.
Além de analisar os documentos médicos apresentados, o perito também observa o relato do segurado e a coerência entre as informações fornecidas e os exames apresentados.
Por isso, não basta apenas levar laudos; é necessário que os dados estejam atualizados e descrevam com clareza o histórico da doença, o tratamento em andamento e as limitações funcionais que afetam o dia a dia.

Decisão da perícia médica
Outro ponto importante é que a decisão da perícia médica impacta diretamente no recebimento do benefício.
Um resultado positivo garante a concessão ou a continuidade do auxílio, enquanto uma avaliação negativa resulta em negativa e suspensão do pagamento.
Dessa forma, preparar-se bem é fundamental para evitar atrasos, recursos desnecessários e a perda temporária de renda.
Portanto, compreender a relevância da perícia ajuda o segurado a encará-la não apenas como uma formalidade, mas como um passo decisivo para assegurar seus direitos previdenciários.
Leia também:
- Auxílio-Doença do INSS: quem tem direito e como solicitar
- Erros comuns que levam ao indeferimento de benefícios pelo INSS e como evitá-los
Documentos que você deve levar para a perícia
Organizar a documentação com antecedência é o primeiro passo para ter uma perícia bem-sucedida. Isso porque os laudos e comprovantes médicos serão a base da análise do perito.
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Veja o que não pode faltar:
- Documentos de identificação: RG, CPF e número do NIS/PIS/PASEP.
- Comprovantes de contribuição: carteira de trabalho, carnês ou guias de pagamento do INSS, caso você seja contribuinte individual ou facultativo.
- Laudos e exames médicos recentes: emitidos por profissionais habilitados, com assinatura e carimbo, descrevendo o diagnóstico, a evolução do quadro e os tratamentos já realizados.
- Atestados detalhados: que informem o tempo estimado de afastamento e as limitações para o trabalho.
Para facilitar a conferência, organize tudo em ordem cronológica, separando exames, receitas e relatórios.
Essa simples medida ajuda o perito a entender rapidamente a evolução da sua condição de saúde e evita dúvidas que possam atrasar a análise.

Como se preparar antes da consulta
Depois de reunir os documentos, é hora de cuidar de alguns detalhes práticos que fazem diferença no dia da perícia.
Então, revise seus laudos. Leia com atenção para lembrar detalhes do diagnóstico e do tratamento. Isso certamente vai ajudar a responder às perguntas com segurança.
Planeje o deslocamento verificando o endereço do local de atendimento e chegue com pelo menos 30 minutos de antecedência. Assim você evita imprevistos e estresse desnecessário.
Lembre-se:
Tenha em mãos exames atualizados. Caso haja alguma mudança no seu estado de saúde desde o último laudo, providencie novos exames para apresentar.
Essas ações simples garantem que, no momento da consulta, você esteja mais confiante e que o perito tenha todas as informações necessárias para uma análise mais precisa.
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Como se comportar durante a perícia
No dia da avaliação, a maneira como você se comunica e se comporta é tão importante quanto os documentos apresentados.
O perito vai observar não apenas os laudos, mas também a coerência entre o seu relato e seus movimentos.
Por isso siga essas orientações:
- Explique os sintomas com clareza, descrevendo as limitações que enfrenta no dia a dia.
- Evite exageros ou omissões, pois qualquer contradição entre o que você diz e o que demonstra corre o risco de gerar dúvidas.
- Responda apenas o que for perguntado, mantendo o foco nas informações médicas.
- Mantenha uma postura tranquila e colaborativa, para transmitir credibilidade.
Exemplos comuns de quem passa pela perícia
Se você está afastado por problemas graves na coluna, mas durante a consulta o perito deixa cair uma caneta no chão e você se abaixa rapidamente para pegá-la, esse gesto dá a impressão de que não há limitação de movimento.
Da mesma forma, quem sofre de tendinite ou lesões nos punhos deve ter atenção: se chegar ao consultório e abrir a porta com firmeza e sem aparente dificuldade, o perito muitas vezes entende que não existe comprometimento funcional.
Essas situações não significam que você precise “atuar” ou forçar limitações.
O ponto central, portanto, é ser fiel à sua real condição de saúde, evitando movimentos ou ações que, mesmo involuntariamente, contradigam os sintomas descritos nos laudos.
IMPORTANTE
O perito precisa de dados consistentes para confirmar a incapacidade laboral. Uma comunicação objetiva e coerente reforça a credibilidade do seu relato.
Erros comuns colocam em risco o resultado
Alguns deslizes frequentes colocam em risco a concessão do benefício.
Entre eles:
- Faltar à consulta ou chegar atrasado sem justificativa.
- Apresentar documentos incompletos ou desatualizados, dificultando a análise.
- Fornecer informações imprecisas, que gerem inconsistências entre os laudos e o relato pessoal.
- Tentar alterar ou falsificar documentos, o que, além de ilegal, resulta em sanções graves.
Aproveite para saber mais sobre aposentadoria por invalidez:
Guia da Aposentadoria por Invalidez: do diagnóstico à aprovação no INSS
Próximos passos após a perícia
Após a consulta, o INSS costuma disponibilizar o resultado em alguns dias úteis pelo portal ou aplicativo Meu INSS. É importante acompanhar!
Caso aprovado, verifique o valor e a data do primeiro pagamento.
Em caso de indeferimento, analise o laudo para entender o motivo da negativa e, se necessário, entre com recurso administrativo dentro do prazo informado.
Se restarem dúvidas ou se o resultado parecer injusto, vale buscar a orientação de um advogado previdenciário para avaliar as melhores alternativas.
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Como funciona o pagamento do benefício
Se a perícia médica for aprovada, o INSS agenda automaticamente o primeiro pagamento do benefício.
O procedimento ocorre em etapas:
Depósito em banco autorizado
O valor é liberado em uma conta indicada pelo INSS, geralmente em instituições conveniadas.
De acordo com o INSS, o segurado não é obrigado a abrir conta corrente para receber os pagamentos. É possível optar por receber o benefício por cartão magnético.
Cartão magnético ou conta corrente
Nessa modalidade, o INSS localiza a agência bancária mais próxima à residência do cidadão e emite um cartão específico para o saque dos valores. Não há qualquer custo para a emissão do cartão nem para os saques.
O beneficiário consegue sacar o valor com o cartão magnético fornecido pelo INSS ou solicitar a transferência para uma conta corrente de sua titularidade.
Em muitos casos, basta comparecer à agência bancária indicada, munido de documento de identidade, para retirar o cartão na primeira vez.
Calendário de pagamentos
O INSS segue um calendário mensal, baseado no número final do benefício (NB). Por isso, cada segurado tem uma data específica para receber.
Esse calendário é divulgado no site oficial do INSS e também no aplicativo Meu INSS.
Valor proporcional no primeiro mês
Se o benefício começar no meio do mês, o primeiro pagamento, por exemplo, tende a ser proporcional aos dias de direito a partir da data de início do afastamento.
Desta forma, os meses seguintes seguem com o valor integral, de acordo com a renda calculada pelo INSS.
Dica da Dal Piaz Advogados
Acompanhe pelo aplicativo ou portal Meu INSS para saber exatamente a data de liberação do pagamento e para conferir se o valor está correto.
Caso perceba inconsistências, é possível abrir um pedido de revisão diretamente pelo sistema.
Conclusão
Em resumo, preparar-se para a perícia médica do INSS é muito importante para conseguir o recebimento do benefício por incapacidade.
Ao organizar a documentação, revisar seus laudos e adotar uma postura clara e objetiva na consulta, sem dúvida, você aumenta as chances de aprovação e evita atrasos que podem comprometer sua renda.
Além disso, contar com a orientação de um advogado previdenciário traz ainda mais segurança.
Esse profissional conhece os detalhes da legislação, orienta sobre os documentos indispensáveis e prepara você para responder ao perito com tranquilidade, evitando equívocos que eventualmente geram indeferimento ou atrasos no processo.
Importante:
O INSS permite que o segurado seja acompanhado por um advogado durante a perícia médica. Essa presença garante mais tranquilidade para o segurado, transparência e oferece respaldo técnico caso seja necessário contestar alguma irregularidade ou registrar observações.
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