Como você está se sentindo hoje? De uns tempos para cá, seus níveis de estresse têm aumentado muito? Tem notado que os esquecimentos estão mais frequentes? Está mais irritado que o normal? Está se sentindo ansioso e com falta de vontade para fazer coisas e antigamente te empolgavam? Cuidado! Isso pode ser um alerta importante de que você está desenvolvendo a Síndrome de Burnout, uma doença do trabalho.
Vigie o seu comportamento identificar uma possível doença do trabalho
Se você é um profissional bastante comprometido com sua função, exageradamente responsável e não suporta deixar nada para depois. Tudo tem que ser feito para ontem e da melhor forma possível. Além disso, acumula funções, não sabe dizer não, se preocupa com tudo, não perde prazos e não consegue nem imaginar a possibilidade de não cumprir as metas. Atenção, você é um potencial candidato a sofrer da Síndrome de Burnout, uma doença do trabalho, por isso você encontrar nesse texto outros fatores que podem te ajudar a identificar se você deve buscar ajuda profissional para tratar o distúrbio.
OMS reconhece a Síndrome de Burnout como doença do trabalho
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse, provocados por condições de trabalho desgastantes. Também é conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional. O termo Burnout, na tradução direta, significa “perda de energia”, ou “queimar para fora”. E desde 1º de janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de um mal silencioso, que chega aos poucos, mas vai dominando o paciente de tal forma que provoca enormes estragos. O médico de trabalho irá informar como CID 11 o diagnóstico de burnout para o trabalhador. A CID é um sistema de códigos, criado pela OMS, utilizado no mundo todo para padronizar a linguagem entre os médicos, além de monitorar a incidência e a prevalência de cada doença.
A Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional tem a ver com a sua relação com o seu trabalho. Em resumo, este distúrbio emocional se manifesta pelo excesso de trabalho, sobrecarga e, especialmente, pelo estado de tensão emocional e estresses crônicos provocados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.
Em outras palavras, significa que quando a bagagem emocional começa a pesar mais do que devia, o corpo sente as dolorosas consequências e a mente sofre um curto-circuito. Nestes casos, há direitos trabalhistas assegurados ao empregado diagnosticado com a CID 11.
Quais os estágios e sintomas da Síndrome de Burnout?
Existem diversos sintomas que podem caracterizar a Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional. Por isso, você não precisa sentir todos eles para ser diagnosticado com o distúrbio. Na maioria das pessoas, os sintomas aparecem de forma leve e vão piorando com o passar do tempo. Normalmente, os portadores da Síndrome de Burnout pensam que estão apenas cansados e que este “mal-estar” será passageiro. No entanto, o problema persiste e evolui rapidamente.
Fique atento aos principais sintomas:
- Exaustão extrema, física e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite: sentir mais ou menos fome;
- Insônia;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Dificuldade para se concentrar;
- Pensamentos negativos constantes;
- Sentimentos de derrota e incompetência;
- Desânimo;
- Alterações de humor;
- Aumento da pressão arterial;
- Dores musculares;
- Isolamento;
- Alteração dos batimentos cardíacos;
- Problemas no sistema gastrointestinal (estômago e intestino).
Portanto, ao sentir um ou mais dos sintomas listados, procure ajuda médica. Essa síndrome evolui muito rapidamente para casos severos de depressão e ansiedade.
O diagnóstico de Burnout
O diagnóstico da Síndrome de Burnout que é uma doença do trabalho reconhecida pela OMS, é feito por um profissional especialista, após uma análise clínica do paciente. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma de tratamento, conforme cada caso.
A Síndrome de Burnout não tem cura, mas tem tratamento. Geralmente o profissional da saúde indica que o paciente faça psicoterapia para poder identificar a causa geradora principal da síndrome e, assim, desenvolver mecanismos para vencê-la. Em casos mais severos, são ministrados antidepressivos e ansiolíticos para que a pessoa possa se sentir melhor.
Não há um período determinado para o tratamento. Esse tempo depende das possibilidades do paciente para modificar suas condições de trabalho e seu estilo de vida.
Alguns bons aliados podem auxiliar no tratamento como a prática de atividades físicas para aliviar o estresse diário, colaborando para o controle dos sintomas. Dar uma pausa no trabalho também é importante. Um período de férias, mesmo que breve, para passar mais tempo com familiares e amigos, sem compromisso com o relógio.
Você sabe qual é o seu limite emocional?
Atualmente e cada vez mais vivemos num ritmo alucinado que nos gera fadiga, estresse por tentar controlar tudo ao nosso redor. Principalmente em momentos caóticos, onde acabamos atropelando em nossos próprios sentimentos. É preciso compreender que não precisamos lidar com tudo a todo tempo, afinal, não somos máquinas. Que nem sempre vamos conseguir dar o máximo em todas as atividades. Que não estaremos com a mesma disposição todos os dias, e, especialmente, não vamos agradar a todos e, muito menos, conseguiremos abraçar o mundo. E, está tudo bem! Não tem problema nisso! A sua vida não pode perder o sentido. Ela tem que estar em primeiro plano e você no comando.