Acidentes de trabalho: quedas de altura e LER

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Trabalhar faz parte da nossa vida. Trabalhamos para garantir nosso sustento, para suprir nossas necessidades, para realizar nossos sonhos e planos. E, geralmente, passamos a maior parte de nossos dias dentro da empresa que nos emprega. Por isso, nenhum trabalhador está livre de sofrer algum tipo de acidente de trabalho. Não importa qual a profissão que exercemos. Nas nossas atividades diárias, todas as profissões oferecem algum tipo de risco ao qual podemos ser afetados mesmo quando tomamos todos os cuidados para evitá-los. O que diferencia os riscos, a probabilidade dessas ocorrências, os danos e prejuízos, é o tipo de trabalho que realizamos. Determinadas profissões têm grau maior ou menor de periculosidade. Isso significa que não estamos completamente protegidos ou imunes de sofrer acidente de trabalho, quedas de altura ou lesão por esforço repetitivo (LER).

LER e Quedas de Altura são ocorrências comuns entre os trabalhadores

Levando em consideração o fato de que precisamos trabalhar para sobreviver e, assim ficamos predispostos aos riscos de sofrer acidentes no trabalho. Na conversa que queremos estabelecer com você neste momento, vamos falar sobre dois tipos de problemas comuns e de alta incidência nas diferentes profissões: Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e, Quedas de Altura.

A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), por exemplo, pode atingir trabalhadores das mais variadas atividades e profissões. LER é considerada uma síndrome pela ciência que inclui um grupo de doenças como tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético provocando dores e inflamações e, por consequência, podem alterar a capacidade funcional da região comprometida.

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Causas e consequências da LER

A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na para a execução, até vibração, postura inadequada e estresse. Por isso, a LER é considerada uma Doença Ocupacional.

Pessoas que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção ou operam britadeiras, assim como digitadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem trabalhos manuais, por exemplo, tricô e crochê, entre outras atividades que são realizadas de forma repetida e contínua, geralmente na mesma posição, ou que necessitam fazer muita força estão mais propensas a desenvolver a LER.

Os principais sintomas de LER são dores nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular, alteração da temperatura e da sensibilidade, redução na amplitude do movimento e inflamação.

Precisamos alertar você, trabalhador, que na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados com uma atividade inadequada não só dos membros superiores, mas de todo o corpo, que se ressente, por exemplo, se houver compressão mecânica de uma estrutura anatômica, ou se a pessoa ficar sentada diante do computador ou tocando piano por oito, dez horas seguidas.

Acidentes de trabalho, quedas de altura e LER
Acidentes de trabalho, quedas de altura e LER. Foto: Freepik

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é basicamente clínico. O mais importante é determinar a causa dos sintomas para prescrever o tratamento adequado.

O tratamento nas crises agudas de dor inclui o uso de anti-inflamatórios e repouso das estruturas musculoesqueléticas comprometidas. Já nas fases mais avançadas da síndrome, são necessárias aplicações de corticoides na área da lesão ou por via oral. Fisioterapia e intervenção cirúrgica também são recursos terapêuticos que devem ser considerados dependendo do caso.

LER, você pode evitar

A LER pode ser evitada. Basta tomar cuidados básicos, porém frequentes para se proteger. Vamos listar os principais para te auxiliar.

  • Adote uma boa postura enquanto estiver sentado. Mantendo a coluna ereta e em um encosto confortável;
  • evite manter os punhos constantemente dobrados. Utilize uma mobília adequada para a sua altura e atividade;
  • faça uma pausa a cada hora para alongar o seu corpo. Mantenha o organismo hidratado, bebendo bastante água;
  • Utilize equipamentos de proteção, como digitala, munhequeiras e luvas;
  • pratique exercícios localizados para fortalecer as regiões mais exigidas.

Lembre-se: A Lesão por Esforço Repetitivo pode levar ao afastamento do trabalho e das atividades rotineiras, causando muitas limitações. Então, adote as medidas preventivas e sempre policie os seus hábitos e comportamentos. Assim, mantenha-se saudável e feliz!

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Queda de Altura, uma ardilosa vilã

Trabalhar acima do nível do solo oferece muitos riscos à saúde, mas o principal é a queda. Um errinho bobo ao se locomover e pronto, a gente cai. E não precisa ser um tombo de locais muito altos para sofrer grandes traumas. Basta pisar numa superfície escorregadia, pisar em falso, ou se desequilibrar um pouco que podemos sofrer uma queda. Isso é mais comum do que se imagina.

Esses acidentes, especialmente no trabalho, podem provocar escoriações, fraturas e traumas e deixar sequelas. Nos casos mais graves, principalmente nas quedas de altura os danos podem ser irreversíveis e até levar a morte.

Para se ter uma ideia, as quedas de altura representam cerca de 40% do total de acidentes de trabalho por ano no Brasil. Os números são preocupantes. Por isso, como diz o velho e sábio ditado popular: é melhor prevenir do que remediar.

Trabalho em altura, as principais causas

Uma simples falta de planejamento para o trabalho realizado em superfícies altas pode causar grandes estragos na saúde do trabalhador. Outro detalhe importante para a prevenção deste tipo de acidente é a falta de treinamento adequado do trabalhador.

Além disso, a falta ou o uso inadequado de equipamentos de segurança, os EPIs, também são os motivos causadores da maioria dos acidentes de trabalho com quedas de altura. Nestes casos, é responsabilidade da empresa fornecer, cobrar e fiscalizar se o trabalhador está realizando suas funções com a devida proteção. Porém, interferências extras como o excesso de trabalho ou excesso de confiança também são fatores que contribuem para esse tipo de ocorrência.

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Voltando um pouco mais sobre as responsabilidades das empresas em garantir a saúde e segurança dos trabalhadores que realizam suas funções em superfícies acima do solo, reforçamos que cabe ao empregador garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na NR-35, bem como assegurar a realização da Análise de Risco e a emissão da Permissão de Trabalho, quando necessário.

Além disso, promover treinamentos periódicos para os funcionários; Implantar medidas preventivas e não paliativas; Respeitar as diretrizes da NR 35 – Trabalho em altura; Adquirir Equipamentos de Proteção Individual, específicos e de qualidade.

Não esqueça: Seguir esta pequena, porém eficiente cartilha de recomendações pode evitar muita dor de cabeça tanto para o trabalhador quanto para o patrão. Acesse nossas redes sociais e acompanhe outros conteúdos sobre acidente de trabalho, quedas de altura e LER. Bom trabalho a todos!

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